domingo, 9 de novembro de 2014

Como desligar meu cérebro?




Meu cérebro não desliga.

Fico pensando em um monte de coisas o tempo todo.

Principalmente quando penso nas diferenças que existem. Diferenças entre as pessoas, diferenças entre os limites individuais. Como até a questão do mérito fica limitada a situação do berço, cor ou opções de vida de cada um.

Não tenho simpatia nenhuma por comunismo, caso pareça. Só fico abismado quando observo que delegamos nossos direitos, nossas garantias fundamentais para mãos de "senhores feudais". Aí você vê toda uma propaganda da democracia que não existe, uma visão paranóica de uma coisa que deveria ser boa pra todos. Uma usurpação de tudo o que você quer e precisa, e uma esmola pra te deixar na linha.

Existe um paradoxo enorme entre suas escolhas e as suas opções. Assumir a consequência de uma atitude seria menos doloroso se você tivesse condições claras sobre suas possibilidades. Mas no Brasil, um empreendedor precisa  ser um gênio pra se esquivar do governo. Um aluno de escola pública precisa ser um gênio pra chegar a uma faculdade. Um operário precisa ser um gênio pra chegar a ser um diretor de uma empresa. Não existe meio termo. Ou você é realmente especial,  ou é mais um na multidão.

Ficamos limitados a uma realidade mentirosa e manipuladora. A classe média, tão criticada pelos petistas, vive numa prisão moral que  não tem fim. Ou você protege o patrimônio que fez com esforço ou ajuda a quem não tem nada a se juntar ao seu nível. Como se faz isso? A classe média paga planos de saúde porque não confia na estrutura que deveria ser funcional. Paga seguro de veículo porque sabe o risco que corre pela falta de segurança das cidades. Paga escolas particulares porque não confia no ensino público. Em outros termos, a classe média luta pra viver sem o que o estado deveria lhe proporcionar, e sob muita luta. E ainda assim é criticada pelos "pseudo intelectuais" de esquerda.

Os pobres não tem acesso a nada, não tem escolhas boas, porque elas demandam investimento financeiro. Consomem o pior de tudo, porque só podem ter o que é público. Não precisa dizer mais nada. São como são e assim vão ficar.

Vivemos uma discussão política entre o estado minimalista e o estado maior. O que você acha melhor?! Um estado dominador que não te dá porra nenhuma de descente, ou um estado que não te favorece em nada, que te deixa na mão da iniciativa privada?

Estamos muito, mas muito fodidos.

2 comentários:

  1. Olá Bruno.
    Eu também sou assim.
    As diferenças vem para a gente discernir o que é bom ou ruim, mas as vezes não dar. Também não sou simpatizante de partidos comunista, apenas estava querendo que pelo menos desta vez as pessoas optasse por algo novo, só não queria ver esta senhora continuar no poder com promessas mentirosas, pessoas acreditando que com ela reeleita as coisas melhorariam, e sabemos que isso não vai acontecer.
    Tudo vai ficar como antes.
    O que é uma pena, pois poderíamos ter um presente de natal diferente para este ano.
    Enfim seja o que a maioria de 51% quisera.
    Agradeço por compartilhar.
    Abraços sempre.
    ClaraSol

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  2. Gostei bastante do texto! Na verdade o que acontece é que deveríamos tentar pensar melhor no "meio termo". O Estado não precisa ser dominador, totalitário e maior, da mesma forma que não precisa se ausentar das responsabilidades e te deixar por conta própria. Deve existir um meio termo! Sempre!

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