segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Minorias - Nicho Eleitoreiro.




Minorias... o que vem a ser uma minoria?

Em uma das definições que encontrei, minoria significa um grupo humano ou social que esteja em quantidade numérica inferior a de um grupo dominante.

Na política, eu vejo minoria da seguinte forma - nicho eleitoreiro.

Representar uma minoria é uma responsabilidade específica. Digo isso porque você se atém prioritariamente a necessidade do grupo que representa. Acho importantíssimo que existam representantes das minorias no Congresso, para que se resguarde e proteja os direitos e garantias fundamentais a pessoas "diferentes". 

Respeito está diretamente ligado a educação. A educação te leva a TOLERÂNCIA, que te indus ao respeito. Não precisamos concordar com um comportamento para respeitá-lo. Criticar também não é pecado nenhum, desde que seja de uma maneira cordial. Acredito que o certo é simplesmente respeitar e aceitar as diferenças - repetindo - ACEITAR AS DIFERENÇAS. E não há como raciocinar de maneira progressista sem educação.

Respeito muito os líderes de minorias e sou totalmente a favor de sua representação no Congresso. Mas fico muito puto quando vejo eles usando sua exposição pra angariar votos. Especificamente, Jean Wyllys.

O Jean é um bom deputado, tem atuação constante em projetos bacanas e dá um bom suporte a minoria que representa (homossexuais). Confira seus projetos de lei clicando aqui.

Mas entra em cada uma, que me irrita. Esse mês, fiquei sabendo de 3 pérolas eleitoreiras do nosso amigo. 

A primeira é essa: o projeto de lei 5002/2013 (Jean Wyllys/Érica Kokay) propõe que a escolha da identidade de gênero seja direito da pessoa, com apoio governamental para que o indivíduo possa trocar de sexo, modificar seu nome e documentação e quase tudo ligado a esta transição. Até aí, tudo bem, até acho válido (apesar de achar que há prioridades maiores na área de saúde, pelo custo de uma mudança de sexo pode-se tratar de um paciente de câncer, por exemplo. Manter uma vida ou auxiliar uma mudança sexual? ...). Mas na lei, ele propõe que crianças tenham autonomia para tal escolha, e quando não forem autorizadas pelos pais, podem recorrer a defensoria pública para garantir o direito. Pera aê!! Quando uma criança vai ter consciência de que é uma mulher num corpo de homem, e vice-versa?! Pelo amor de Deus! Além do mais, menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes de exercer atividade civil pessoalmente, segundo o Código Civil, pode ver aqui. Nesse ponto, o projeto de lei deixa uma impressão de que quer frustrar ou transgredir valores já estabelecidos (não estou falando da sexualidade, mas do cuidado com as crianças) e deixa todo mundo com um pé atrás. Mas a mídia põe a cara de todo mundo exposta na janela, o que é bom para as próximas eleições.

A segunda foi pérola foi essa: deem uma olhada:


Pra quem não parou pra ver e ouvir o video, o Jean protege o Miguel Falabella das críticas feitas ao nome do seriado "O Sexo e as Negas". O público negro não gostou do título da série. Eu não gostei também, achei apelativo, forçado e incômodo. Pow, não tem o que falar de discernimento e nem dar colher de chá pro Miguel Falabella. Mesmo que o conteúdo da série seja excelente, o fato é que o título dá margem para ofensa, e não precisava ser assim. Não tem o que se discutir. Incomodou, é feio e pode ser considerado preconceituoso. Contraditório um líder na luta dos direitos humanos querer defender isso, exaltando o conteúdo da série pra livrar a imprudência do "famigerado título". Pra mim é marketing eleitoreiro, oportunismo pra manter imagem na mídia, só que de uma maneira babaca. Divide opiniões, mas é aquele lance né, "falem mal mas falem de mim".

A terceira foi esse video aqui também:


Esse foi demais. Perguntado se o salário de deputado seria excessivo, ele diz que não! Porra, salário R$ 26.723,13. Tudo bem que com os descontos esse salário vai pra R$ 15.000,00, onde ele diz que ganhava isso como professor universitário, trabalhando por 40 horas semanais. Mas a cagada maior vem quando ele generaliza os executivos, dizendo que o salário deles é que é contestável e que todos tem isenção fiscal. Primeiro, como bem o entrevistador exemplificou, só tem isenção fiscal quem trabalha pra empresa pública (salvo algumas exceções). Se eu sou dono de uma empresa sem isenção de nada, e ganho R$ 200.000,00 por mês, mérito meu. Garanto que a folha de pagamento de um executivo numa empresa de 1000 funcionários é muito maior (imagine 1000 funcionários ganhando R$1.000,00 por mês, daria R$1.000.000,00 de renda distribuída, fora as tributações, daí quase que dobraria esse valor - confira aqui). Mas isso é mal de que tem veia comunista, coisa do PSOL, que não entende o sentido da palavra MERITOCRACIA. Existem versões levianas deste video circulando no facebook, editadas para desmoralizar o Jean, mas meu objetivo aqui não é esse. Coloquei a versão integral do que ele falou.

Pra concluir, acho que um camarada que defende direitos humanos e minorias tem que ter muita credibilidade. E não aproveitar brechas pra enfatizar a imagem, criando polêmicas eleitoreiras. Eu acho o Jean um bom deputado, quem dera que todos fossem como ele. Mas deveria ser mais cuidadoso na hora de se expressar, porque causa essa impressão feia e irritante, e que pra muitos, o desqualifica. Existe muita gente que tenta denegrir sua imagem, mas é justamente nos moles que ele dá quando fala besteira (aí Lobão deita e rola, kkk). 

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2 comentários:

  1. Esse cara não é um que apareceu no mundo graças aquele programa medíocre e que deveria ser banido da televisão brasileira, o tal BBB?
    Cara se for pelamor neh??
    Virou deputado??
    País de m---- esse.
    Só por gzuis.
    Mas...
    "I disapprove of what you say, but I will defend to the death your right to say it"
    Gostei de como colocou a coisa toda, com um imparcialidade admirável.
    Boa semana Bruno.

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  2. É ele mesmo, Silmes. É até um cara correto, mas peca por falar besteira. Ou não, talvez seja a melhor forma de colher uns votinhos, publicidade é tudo, né?! "Falem mal, mas falem de mim"! Assim que funciona.

    Beijão, querida!

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